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Associação Atlética Acadêmica do Instituto de Psicologia da UFRJ - AAAIP

A AAAIP é uma instituição sem fins lucrativos que busca promover saúde mental e integração de alunos através do esporte.

Nossa Atlética se compromete a oferecer atividades esportivas, de integração, de lazer e de conscientização social. Assim, pretendemos não só atender a demanda por esportes e lazer, mas também ajudar na formação de pessoas mais engajadas socialmente e integradas à sociedade.

Estamos sempre abertos ao dialogo: criticas e sugestões são bem vindas. Estamos muito felizes em ter você aqui conosco!

Âncora 1

Nossos valores

A AAAIP defende que que as Atléticas NÃO TEM QUE ser machistas, racistas, misóginas, excludentes… prezamos pelo respeito mútuo, solidariedade, diversidade e fraternidade na prática esportiva e no ambiente universitário.

Quanto mais gente participar dessa construção, mais plural ela vai ser! ENTÃO VEM COM O MACACO!

Âncora 2

Como tudo começou...

Depois de anos de espera, no dia 10 de Junho de 2015, foi fundada a Atlética de Psicologia UFRJ. Foram horas e horas de reuniões e muitos litros de suor e lágrimas até que tudo estivesse pronto, mas agora estamos aqui e viemos pra ficar! 

Quer conhecer um pouco mais sobre como se deu essa história e toda a emoção envolvida nos primeiros anos e nas primeiras competições da AAAIP? Dá uma olhada no relato da Julia Fada, nossa primeira vice-presidente, membro fundadora do Macaco! (Preparem os lencinhos).

"Quando entrei na facul em 2012.1, há 11 períodos, eu queria participar da atlética do meu curso. A primeira coisa que perguntei no grupo do Facebook da faculdade foi se tinha atlética. Eu não tava preocupada em saber como chegar no Fundão, quais eram os horários dos internos, qual era o rolê pra ir pro IFCS. Aí responderam que não tinha atlética, que até era uma boa ideia ter uma e que eu podia me juntar com uma galera e montar. Eu ainda não sabia como eram as coisas na faculdade direito. Deixei quieto. Mas é como Lo Borges e Milton cantam: "sonhos não envelhecem". Esse sonho nunca deixou de existir em mim, estava apenas adormecido. O tempo passou e chegou outra greve na UFRJ em 2015. Foi uma época em que o Centro Acadêmico também estava se reestruturando. Não havia movimentação dos alunos há algum tempo, mas de alguma forma a greve fez com que os alunos botassem a mão na massa. E por falar em massa, surgiu justamente nesse período um cartaz enorme verde que tomou conta do mural do IP, onde as pessoas interessadas deveriam escrever seus nomes nos projetos que tivessem vontade de participar. Havia nele um espaço denominado “atlética” - traço de que alguém ali já havia timidamente sonhado também. O espaço estava vazio quando eu e Victor colocamos nossos nomes. Passaram uns dias e a Nana me parou em frente ao bebedouro do IP dizendo que viu meu nome na lista e que ia montar um grupo no Whatsapp com os interessados. Analisando hoje, é curioso observar como uma atlética, uma instituição exatamente de, para e sobre movimento, nasceu em um momento de paralisação.

"Observar o surgimento de uma organização num meio de greve geral em que as universidades brasileiras estavam passando naquele ano faz, de fato, pensar o poder dos movimentos sociais e das suas paralisações.
As indagações eram muitas: quem tem interesse na atlética? Vamos pesquisar! Vamos fazer um formulário e divulgar no Facebook. Tem gente interessada? Tem muita gente interessada!

 

"Criou-se um grupo de envolvidos e as reuniões começaram. Como fazer uma atlética? Assim, do zero, do nada. Sem ajuda alguma da faculdade. Apenas uma vontade enorme de construir uma. Quantas pessoas precisam numa diretoria? Quais vão ser as diretorias? E estatuto? Ah, o estatuto. Faz como? E os vários casos reais que não vão estar no prescrito do estatuto? Como resolvê-los? Onde vamos treinar? Vamos ter técnicos? Vamos conseguir pagar técnicos? E quem vão ser eles? Quando vamos treinar? Vai dar tempo pra treinar? Olha a grade de Psicologia da UFRJ. Um dos cursos com maior carga horária de graduação da UFRJ e ainda horário integral. Vários buracos entre as aulas. Parecia uma audácia inventar uma atlética nessas conjunturas. E a bateria? Natação, atletismo… A gente sonhava ALTO!

"E era exatamente esse sonho alimentado pelo desejo de fazer algo novo e em que acreditávamos que nos movia. A atlética foi fundada dia 10 de junho de 2015. Contudo, nossa prática esportiva só começou de fato ao fim da greve, em outubro. Mas só a prática esportiva mesmo, porque antes disso teve muito movimento pra se organizar. Se reúne no Sujinho, no Asterius, no DCE, vai no Fundão ver possibilidade de treino, quebra a cabeça pra pensar como poderíamos conseguir os primeiros materiais - “E se ao invés de pagar a taxa de inscrição alguém doar uma bola, um cone, coletes? Vambora!”

 

"Compramos os primeiros materiais, fizemos grupos de modalidades no Whatsapp. O lugar dos treinos ficou sendo onde era mais próximo pros alunos irem direto das aulas durante a semana e onde não pagaríamos por eles - Aterro do Flamengo.
E quando surge o primeiro campeonato pra participar em menos de um mês de início de treinos da atlética? Mas peraí. Esse campeonato já tava fundado? Nada disso! Partiu fundar esse campeonato junto com outras atléticas então. Humaníadas 2015. Humaníadas raiz. O primeiríssimo. Fundão. 2 dias intensos: 20 e 21 de novembro. Joga um jogo atrás do outro. E quando eu digo um atrás do outro é um atrás do outro MESMO. Fala tu, time de basquete masculino.

"Sem uniforme e com a torcida ainda pequena, mas sempre acolhedora, fomos, vivenciamos e jogamos. Final no basquete masculino e final no basquete feminino. Não ganhamos as finais mas ficamos em 5º lugar geral no campeonato. Nada mal pra quem acabou de sair da maternidade, não é mesmo?

 

"E a nossa vontade de crescer não parava. A gente queria voar. Continua correndo atrás de mais material, treinos, amistosos. O campeonato tá querendo crescer e ficar maior, em 2016 vai pra fora do Rio. E pra convidar a comunidade acadêmica do IP, que mal nos conhecia, pra viajar jogando com a atlética? O corre pra fazer uniforme, camisa de torcida, bandeira, CANECA (há quanto tempo os alunos do IP não viam canecaaa!). Arruma ônibus de graça, cata CRID de geral. Ensaia até umas festinhas de integração no DCE. E chegou o grande dia 25/05/2016: dia de embarcar pra Cachoeiras de Macacu! Tudo certo? Nada disso, vamos antes ter uma taquicardia com o ônibus que desapareceu, do nada sumiu na hora de viajar. Mas, como quase sempre, conseguimos contornar a situação e resolvemos o problema.

 

"Como nada é perfeito, eu havia feito uma cirurgia e não poderia jogar nesse primeiro Humaníadas fora do Rio. Foi muito frustrante saber disso, mas vamos em frente que essa delegação promete. E cumpriu. A primeira vez de muitos em quadra para um campeonato desse porte e levamos pra casa o segundo lugar no handebol feminino, numa final com direito a tiro de 7 metros, e o primeiro no basquete masculino. Dessa vez um troféu vinha com a gente, nosso primeiro baby!

"A segunda edição do Humaníadas havia acabado e nós queríamos continuar a competir. O time feminino de hand se inscreveu no LUCA e começamos os jogos, com direito a um deles sem time completo (e sem reserva), e às vezes com apenas 4 jogadoras na linha. Fizemos bonito, empatamos e por pouco não ganhamos. Sempre buscando superar os nossos limites e dando o nosso melhor em quadra, fortalecendo nossa vontade de jogar, ainda que fosse fim de semana, ainda que fosse domingo, ainda que fosse em lugares distantes para a maioria.

"O ano estava chegando ao final e decidimos participar da campanha do “Papai Noel dos Correios”. Nos organizamos para pegar cartinhas escritas por crianças e realizar seus pedidos. A organização foi tanta e a vontade de atender aos pedidos exatos foi tamanha que, com muita força de vontade das participantes, foi realizada uma vaquinha e uma criança sortuda ainda conseguiu a tão esperada bicicleta pedida (pedido difícil de ser atendido, mas que foi possível graças a vontade de ajudar)! E mesmo quando houve problemas (e sim, eles também estiveram presentes), mais uma vez os alunos se organizaram para que nenhuma criança passasse o natal sem o que havia pedido, e novamente a força do coletivo mostrou-se maior. A perseverança dos participantes foi grande, e se de um lado existiu a tristeza de problemas que acontecem no meio de um percurso, do outro existiu a beleza do empenho em ultrapassar esses mesmos problemas. Era fim de ano mas já estava na hora de pensar na edição do Humaníadas 2017. Onde acontecer, quando, com quantas atléticas, as preocupações em organizar o campeonato faziam-se constantes de novo (fala tu, Johann).  

"Trabalhar para melhorar todos os pontos negativos do último campeonato, fazendo deste um evento melhor. E pra minha delegação pelo menos eu posso afirmar com todas as palavras: QUE EVENTO! Houve muito suor, muito empenho, muitos treinos e muita dedicação para viajarmos pra Cabo Frio e jogarmos todas as modalidades. Jogamos muito, competimos com garra, sarramos nas festinhas, batucamos bonito demais na estreia da nossa bateria (inclusive elogiados por outras atléticas, um salve ao grande mestre Gabriel), torcemos MUITO uns pelos outros, inventamos mil gritos de torcida, repetíamos outros mil que aprendemos em quadra, sempre com o cuidado de não desrespeitar ninguém, fomos a praia juntos e, mais do que tudo, aproveitamos a presença de cada um ali pra fazer daquele feriado um momento inesquecível. A verdade é que eu to escrevendo aqui mas me faltam palavras, porque tem coisas que só dão pra ser sentidas mesmo, não importa o quanto a gente queira falar, elas permanecem na ordem do não dito.

"Ler os relatos dos alunos depois da viagem foi uma recompensa sem igual. Veteranos dizendo o quanto tinham gostado de viajar e jogar e lamentando só terem tido essa oportunidade no fim da faculdade, calouros dizendo o quanto tinham amado a experiência, o quão empolgados estavam e o quanto a viagem tinha ajudado a estreitar laços com seus amigos. Mano, a gente faz faculdade pra isso também (e principalmente?)!!! A gente aguenta uma porrada de trabalho e prova pra se divertir com os amigos. Perceber que depois da viagem, terminadas as competições e parcialmente recuperados dos jogos, a delegação já estava perguntando da volta dos treinos, querendo saber se vai ter nas férias, insistindo em se reunir pra jogar mesmo que não haja treino lotado, jogar pelo simples prazer de estar junto jogando, pensei: “cara, é isso, o meu trabalho aqui foi finalizado”.

"E depois dessa caminhada enorme percorrida, eu vejo em cada trecho dela o quão mais psicólogos nós estávamos - e estamos - nos formando!
Fazemos Psicologia na atlética o tempo inteiro.

"É Psicologia quando nós integramos diversos alunos através da prática esportiva e promovemos saúde mental, indo na contracorrente de um sistema universitário adoecedor, sendo inclusive este o 2º princípio fundamental do nosso código de ética profissional.

"É Psicologia quando, mesmo dentro de uma instituição que se instituiu sobre nós mesmos, a atlética, sendo nós produtos e produtores dela, nós nos questionamos o que estamos fazendo com ela. Todos os dias. Em todas as decisões que tomamos. Quando, mesmo depois de 2 anos, nos questionamos coisas como se o preço dos treinos é viável e se alguém está deixando de participar por conta de dinheiro. Quando nos questionamos o sentido do trabalho que estamos fazendo e quais nossos objetivos com ele. Porque no fim das contas, temos que dar um sentido pra cada ação nossa. E é exatamente esse sentido que nos move.

"É Psicologia quando exercitamos o ouvir, verbo de comando da nossa profissão, ao escutarmos dos alunos com atenção quais os pontos que podemos trabalhar mais para melhorar.

"É Psicologia quando eu lembro que milhares de alunos podem não ter contato com esportes dentro das suas escolas por causa da reforma do ensino médio que retira a obrigatoriedade do ensino de Educação Física. É Psicologia quando eu a problematizo enxergando os absurdos contidos nessa reforma, que desvaloriza e desperdiça milhares de potências artísticas ao não exercitá-las, circunscrevendo a experiência do aprendizado escolar ao ensino de conhecimentos técnicos pra formar mão de obra barata, deixando de lado toda uma importante vivência corporal. O ponto mais crucial e importante que me moveu para criar a atlética foi gostar de esportes. Esportes que eu só pude ter a oportunidade de experimentar porque tive Educação Física no colégio. Quantos projetos dos mais diversos campos podem estar deixando de ser criados com essa ruptura brusca e estúpida na formação escolar que a reforma do ensino médio traz consigo?

"É Psicologia quando nós nos organizamos nas nossas funções e fazemos reuniões. Quer mais Dinâmica de Grupo e Relações Humanas que dentro de uma diretoria de atlética? Isso aqui é experienciar a grade horária na prática. E de forma mais útil e melhor.

"É Psicologia quando eu leio um artigo por vontade própria para entender a fenomenologia do comportamento do corpo feminino e sua espacialidade, buscando me aprofundar mais sobre as diferenças de gênero que nos são instituídas ainda quando crianças e quais seus reflexos no “jogar como uma garota”.

"É Psicologia quando observamos a dificuldade em conseguir treinar em quadras cobertas com tamanhos e marcações oficiais, em bom estado de conservação, em horários praticáveis e que não custem uma fortuna em uma cidade que, há apenas um ano, foi a sede das Olimpíadas. Nos perguntamos: onde está o nosso legado esportivo? 

"É Psicologia quando nós exercitamos a nossa criatividade para pensar formas de conseguir comprar instrumentos de bateria, quando trabalhamos em equipe e vemos o resultado concreto desse trabalho em lindos instrumentos personalizados.

"É Psicologia todo o trabalho que o atleta e o time realizam durante os jogos. Controle emocional em quadra, psicológico puro. Lidar com ansiedade, frustração, organização. Principalmente nas horas mais difíceis em que o placar não te favorece e você precisa continuar focado no seu fazer, no seu objetivo, observar e experienciar a integração de um time. Psicologia Esportiva pura.

"E agora, o momento que se apresenta no fim de uma gestão, é também Psicologia: passar a responsabilidade de um trabalho que julgamos bem feito e confiar que o Outro o continuará. O processo é semelhante a quando, nos estágios clínicos, estamos de saída e precisamos passar um paciente para ser atendido por outra pessoa. Existe ali um trabalho que foi realizado por você, uma transferência feita, e agora é necessário confiar neste trabalho que se conclui ali e dar a possibilidade para que novas pessoas o assumam, apostando no melhor dos frutos, sabendo que o que vem vai ser diferente de como você fez, porque cada ser tem um jeito de trabalhar. Assim, reitero aqui minhas recomendações aos que estão chegando à diretoria: tenham muita responsabilidade e muito cuidado nas suas ações. Tenham comprometimento com o que estão assumindo.

"Neste momento final, não existe outra possibilidade a não ser agradecer.
Aos membros fundadores e primeira diretoria da AAAIP: nos unimos e construímos um verdadeiro legado. Nós sabemos o que foi isso. Obrigada por esse encontro, pelo máximo de competência que exercemos e por termos feito juntos.

"É... Muita emoção envolvida.

"Sinto que me despeço da atlética, e de certa forma também da faculdade com a sensação de dever cumprido. E bem cumprido. Posso me formar feliz com o trabalho que realizei.

Se valeu a pena? (agora é Pessoa) Tudo vale a pena se a alma não é pequena."

 

Julia Fada, membro fundadora da AAAIP. 2017.

Âncora 3

Membros Fundadores

Essa é a galera responsa que aceitou o desafio tocar pra frente o projeto da Associação Acadêmica Atlética do Instituto de Psicologia lá em 2015. Valeu, rapaziada! 

O Macaco segue firme e forte!

Johann Salamon

Johann Salamon

Presidente

Julia Fada

Julia Fada

Vice-presidente

Victoria Ornelas

Victoria Ornelas

Secretária Geral

Ana Prudente

Ana Prudente

Dir. Financeira

Anaís Fiorani

Anaís Fiorani

Dir. Administrativa

Natália Chaves

Natália Chaves

Dir. Esportes

Isabela Monjardim

Isabela Monjardim

Dir. Marketing

Frederico José

Frederico José

Dir. Eventos

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